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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Parem o Brasil Que Eu Quero Descer!


Sinopse

Presidente Imprudente – Famigerado presidente de outrora desta República, em meio a um mar de lama do seu governo, bombardeado por todos os segmentos da sociedade, resolve visitar a pacata Sururunãoacaba, para pedir proteção espiritual ao decano religioso. Retrato tragicômico de um Brasil pra ser esquecido...ou pra ser lembrado sempre...como triste exemplo.

Trecho

“...Ao chegarem à fazenda, mal estacionavam as charretes e preparavam-se para descer, quando apareceu um boi reprodutor enfurecido em busca de fêmeas no cio. Os cavalos das charretes se assustaram e os membros da comitiva pulavam desesperadamente para onde dava. Uns subiam no telhado da sede da fazenda, outros corriam para a tulha, mergulhavam no cocho, trepavam nos coqueiros, até uma paineira, que é dotada de consideráveis espinhos, foi escalada...Um deputado federal, no auge do desespero se jogou num poço profundo. O presidente, que tentava controlar as rédeas do assustado cavalo de sua charrete, dava gritos pedindo ajuda:
           ¾ Minha gente...não me deixem só!
           Porém, o ensandecido boi reprodutor continuava querendo chifrar tudo que viesse pelo caminho. Foi quando o cavalo da charrete do presidente teve a sua rotunda traseira espetada pelo ruminante. Dava coices, relinchava de dor, empinava fazendo a charrete gingar para um lado e outro, derrapando. Subitamente empacou e acabou lançando o presidente para o interior de um chiqueiro de porcos. Em meio à tradicional lama do recinto, enquanto tentava se livrar dos porcos, que curiosos, lhe assediavam roncando e cheirando-o, os seus aliados sofriam para se desvencilhar do boi tarado. De joelhos, na podre lama do chiqueiro, o presidente, com os punhos cerrados, gritava palavras de ordem:
         ¾ Vamos acabar com essa pantomima! Isto é uma pilhéria! Vamos dar epílogo a esta momice, seus bonifrates!
Ao cabo da tormenta todos estavam com as suas respectivas vestimentas imundas, sem a mínima condição de aparecerem em público. O prefeito ordenou que seu secretário solucionasse o problema o mais rápido possível.
         Enquanto a nova roupa não vinha, depois de um bom banho tomado e uma refeição reforçada, os presentes ficaram do jeito que podiam: uns enrolados em toalhas, outros de cuecas...  O prefeito não sossegou enquanto o presidente não aceitou o seu pijama predileto. Seria o pijama uma premonição de que uma longa inatividade política estaria por vir?...”

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