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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Napoleão É o Que Mais Tem Por Aí!


Sinopse

A Culpa é do Napoleão – Um bom funcionário público, samaritano de carteirinha, resolve fazer filantropia na prática pela primeira vez. Tomado por este sentimento sai em busca de uma instituição de caridade para oferecer o seu calor humano. Só falhou em não escolher previamente,  e conhecer!, qual instituição iria visitar...

Trecho

           “...Atônito, entrou em outro quarto e foi recebido por um senhor de barbas longas, vestindo uma túnica branca, meias listradas em preto e branco até os joelhos, segurando um cajado numa mão, uma lista telefônica na outra e uma cueca enfiada na cabeça. Olhou fixamente para Eufrásio e proclamou em tom solene:
            ¾ Ah, você veio finalmente! Seu herege maldito, senhor das trevas! Como ousas me desafiar, não notas que sou Deus? Seu ugandense de araque, comedor de paçoquinhas! Arrependa-se, o dia do juízo final está próximo. Quem mandou você não dar aquele pênalti?! O aleijado ia marcar o gol, seu imbecil!
           Já desesperado foi até o fim do corredor onde encontrou uma escada que o levaria para o andar de cima. Estava tudo às escuras. Entrou na primeira porta, tateando, e antes que pudesse ver onde estava, foi puxado pelo braço. Cercado por várias pessoas escutou de uma delas:
            ¾ Ora, seja bem-vindo, nobre deputado. Nós votamos no senhor. E aquela casinha que o senhor nos prometeu? Já deve ter roubado o suficiente para comprar. Se eu fosse sua excelência eu tirava o ministro da Fazenda e colocava a minha sogra. Precisa ver como ela vai ao mercado com pouco dinheiro e traz um monte de papel higiênico pra nós. Eu adorava quando o senhor falava “minha gente”; tinha “nego” que chegava a se jogar do penhasco de tanta emoção. Na verdade a situação não está tão ruim assim no País, veja só: o preço da régua de medir pegada de gigante está bem em conta. A dúzia da pinta de onça para fazer chá para catapora também está acessível. O quilo da estátua do preto velho está barato. 
           De repente, sentiu que alguém lhe cutucava as nádegas. Olhou para trás e viu que era um anão. Mais que isso, talvez fosse o anão mais chato da história do mundo.
          ¾ O negócio é o seguinte, seu senador, eu estava escondido dentro do bolso do King Kong, quando eu vi o senhor matar com uma estilingada, o presidente Roberto Carlos Kennedy. Se eu fosse você caía fora, mano. A batata vai assar pro seu lado, meu! Eu tô com você engasgado na minha amídala! E não faz cara feia pra mim, que cara feia pra mim é feiúra. Esta direita aqui é conhecida como “Coice de Elefante”. Eu fui campeão mundial de porrada, na categoria rodapé...”

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