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domingo, 13 de outubro de 2013

A Origem


Muitas pessoas têm me perguntado sobre a origem do Almanaque de Araque. Pois bem, em 1995, resolvi lançar um fanzine para dar vazão a minha intensa produção. Eu desenhava muito, criava de tudo um pouco, época de paixão visceral por quadrinhos. Escolhi o humor com como tema. Eu já sabia do Informativo de Quadrinhos Independentes, editado pelo grande batalhador Edgard Guimarães, de Brasópolis/MG. E assim aconteceu, o primeiro número foi lançado no nº 14 do boletim, referente a maio e junho daquele ano. Edgard é quem distribuía os meus fanzines. A minha criação durou apenas 4 números, mas ficou registrado o fato. Eu tive um fanzine! Que orgulho!, pois espaço para publicar profissionalmente neste País não há. Os anos passaram-se e me deu uma nostalgia danada. Escrevi para o Edgard para que ele me mandasse cópias dos exemplares, pois eu já não tinha mais nada. E ele, prontamente, prestativo como sempre foi, me remeteu as cópias. Pouco tempo depois, que equivale a este ano, tive a ideia de lançar o fanzine em livro. E assim ocorreu, o Almanaque de Araque, versão álbum, surgiu, por intermédio do site Clube de Autores. A felicidade é como se fosse um filho que nasce, orgulho idem. Filho bom, né, que não dá trabalho, rssss. E aproveitei o nome do fanzine para rebatizar o meu blog, tem tudo a ver com o conteúdo, cujo tema central é o humor. Tenho projetos de fazer o número 5, reformulado, moderno, com o meu estilo lapidado depois de tanto tempo de labuta, mas falta-me tempo, quem sabe em 2015, quando completar 20 anos de idade...

Uma Noite Mágica


Já se vão 36 anos. Parece que foi ontem. Ainda sinto o cheiro daquela noite no ar, quando Basílio fez o gol, aos 36 do segundo tempo, contra a poderosa Ponte Preta. E colocou fim ao jejum corinthiano. Difícil de descrever o que sentimos, de tão bonito que foi. É muita emoção para um reles ser humano. O fato é tão marcante que até hoje, revendo imagens daquele sacro instante, ainda emociona como se novinho em folha fosse. Tudo bem, o jogo foi polêmico, havia muita pressão para o Timão ser campeão, as três partidas foram na Capital e tudo mais, porém, o amor que a Fiel Torcida demonstrou pelo time - o tempo todo, nos 22 anos de jejum! - , não é pra qualquer uma, não!  Parabéns, Corinthians!!!

sábado, 12 de outubro de 2013

Descontos nos Livros

Ainda dá tempo para quem quiser adquirir um livro no site Clube de Autores. Em datas especiais como o Dia da Criança, Natal etc, o Clube promove descontos de até 25%. A promoção se encerra logo, então, aproveitem essa oportunidade. 

https://clubedeautores.com.br/books/search?utf8=%E2%9C%93&what=angelo+junior&sort=&commit=BUSCA

E fiquem sempre atentos, pois essas promoções são praticamente mensais, é uma boa chance para comprar não só livros, mas, no fundo, terem momentos de entretenimento.


Perdidos no Planeta dos Macacos


Perdidos no Planeta dos Macacos é uma grande homenagem à espetacular ficção científica Planeta dos Macacos. Uma parceria de Angelo Júnior com Saulo Adami, este último, o maior especialista no assunto em terras brasileiras. Os quadrinhos são de Angelo e os contos de Adami. Diversão e fantasia garantida.


Trecho 

América do Norte, 3978.
Nos destroços da antiga Nova York, uma equipe de demolição está trabalhando. Os prédios, outrora imponentes, estão desaparecendo. Os demolidores movimentam-se, nervosamente. Uma antiga livraria está sendo esvaziada. Uma carroça está sendo utilizada para transportar livros e revistas, já invadidos pelas traças. O ar é rarefeito, e todos os operários usam macacões especiais e máscaras de oxigênio; a única saída para protegerem-se da forte radiação que toma conta do lugar, conhecido como a Cidade Proibida.
         No comando da demolição, o experiente Tony faz com que todos se apressem; o sol já está anunciando sua ida. Os demolidores apressam-se em afastar as carroças e os cavalos de montaria da área. Olhos de preocupação de Tony encontram o sol poente. O fio detonador começa a ser desenrolado, e os demais operários buscam abrigo.
         No interior do prédio que fica em frente a livraria, o homem sustentava uma estação de metrô. No subterrâneo, um casal de arqueólogos membros da equipe de demolidores, busca algo mais que mereça ser preservado.
         "Não é lugar para nós... ", admite Carol.
         "Nem para ninguém!", completa John.
         Antigos vagões enfileirados que deveriam estar rumando para o final do túnel, antes de tudo ficar inerte, há milhares de anos no passado. Cartazes nas paredes anunciam bebidas e alimentos futuristas, tudo no esquecimento. As bilheterias estão silenciosas. Não há sinal de vida humana, nem de qualquer outra.
         Carol e John começam a revirar papéis, em um velho arquivo de aço. John encontra uma série de pastas suspensas, e uma delas chama sua atenção. Ao abrir, acha graça ao ver as fichas dos empregados da companhia ferroviária: seres humanos vestindo terno e gravata. Carol também ri.
         Do lado de fora do prédio, o fogo avança, e quando o fio detonador acaba, dá-se o ruído do abreviamento. O prédio começa a implodir. O que se ê é um espetáculos que maravilha os olhos de todos os operários, que pulam como feras em festa, enquanto os cavalos ficam inquietos. A terra treme. 

Os Interessados podem encontrar o álbum, impresso ou no formato e-book, no link:



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Visitas Inesquecíveis

Sinopse


A Família Trançapé – Uma paródia da célebre família Buscapé, com enredo inverso. Neste caso, os caipiras é que são visitados por gente da cidade grande, mostrando que a falta de conhecimento sobre certos assuntos existem de ambos os lados. É o conto de abertura do livro República de Patetas, o segundo da série que batizei de “Trilogia do Riso”. Segue a linha do humor desconcertante, com episódios protagonizados por personagens impagáveis. Link do livro: 


Trecho

     “...É, alvo constante de enchentes homéricas, a Capital bandeirante mandava para minha casa, uma trupe de flagelados que não seria fácil de suportar: tio Atanásio, tia Abelarda e seus oito filhos: Ibirapuero, Morumbildo, Sumaréco, Jabaquaro, Osasca, Cambucino, Uóchintom Quénide (homenagem à Capital e ao presidente dos EUA) e Atanásio Jr (o caçula, 35 anos). Todos solteiros.
           Nossa casa virou um balaio de gatos. “Será por poucos dias”, dizia tio Atanásio, ao mesmo tempo, já esparramado no sofá da sala, com uma latinha de cerveja na mão, como se estivesse na sua casa. Tia Abelarda, com os seus 140 quilos, tomou posse da cozinha. Toda comida que fazia, escorria rios de óleo. Era um festival de colesterol. Minha mãe não vencia lavar pratos. Meu pai alugou beliches em uma loja de cacarecos. Iriam dormir na edícula? Que nada! Meu pai colocou um beliche no quarto dele, onde dividiu o espaço com o tio e a tia. E como só havia mais dois quartos (um de empregada), colocou os primos comigo num quarto e no outro, a prima Osasca (exigência da tia Abelarda, pois a sua queridinha não aceitava dividir o espaço com ninguém).
         Minha vida virou um inferno. Se antes eu não aceitava a ideia de dormir alguns dias junto com o tio Atanásio, teria eu que dividir o meu quarto com sete marmanjos. Cada um com esquisitices diferentes dos outros. Ibirapuero não dormia com as luzes apagadas, Sumaréco com as luzes acesas. Jabaquaro cantava o Hino nacional dormindo, Uóchintom, também dormindo, corrigia os erros do irmão (acordado já é difícil cantar o Hino...). Morumbildo puxou o pai: os trincos que tem na parede do meu quarto até hoje, são oriundos dos roncos dele. Outro que puxou o pai foi Atanásio Jr; na flatulência. O ordinário não tinha o menor pudor em soltar um daqueles insuportáveis fedendo repolho estragado, até na frente da pobre da minha mãe. Passei a dormir com um sabonete de vinólia fixado com fita adesiva no nariz...”

sábado, 21 de setembro de 2013

Paródia Nos Moldes do I-Piauí - 4


WALKING DEADS EM BRASÍLIA



NECRÓPOLIS DO ARAÇÁ – Essa é a questão que assola a cabeça daquele cidadão mais atento aos fatos do cenário político nacional. Sarney se locomove feito um morto-vivo, daí a desconfiança, e vive assombrando por aonde quer que passe.  Provas do acontecimento fantasmagórico há em profusão, já conseguiu até se eleger senador pelo Amapá, sendo que até um cego, surdo e mudo sabe que mora no Maranhão há milênios, seu latifúndio. Porém, o maior argumento que Sarney é um legítimo walking dead, está na sua condição literária, pois o maranhense da gema  ocupa uma cadeira vitalícia na Academia Brasileira de Letras, portanto, é um imortal... O mais surreal é o objeto que lhe serviu de catapulta à condição de acadêmico, a obra-prima “Maribondos de Fogo”. Machado de Assis deve estar dando pirueta em seu ataúde.  Se a moda pega, daqui apouco teremos Tiririca e sua elegante estilística tentando uma boquinha na ABL. Seria prudente  verificar  se Renan Calheiros possui algum dote literário. Imagine Calheiros como um zumbi, poderá concorrer à presidência do Senado por séculos a fio. O último ato de Sarney como presidente do Senado foi propor uma PEC para mudar o nome do tradicional estádio Nhozinho Santos, onde o Sampaio Correa manda os seus jogos, para Nhozinho Sarney, nome de seu amado tataravô.  

Paródia Nos Moldes do I-Piauí - 3

O MAIS COTADO


BRASÍLIA – Renan Calheiros tem sido  rejeitado de forma contundente, por todos os lados, como presidente do Senado Federal. Depois do célebre e pastelônico “Duelo deTitãs” com o cacique Tasso Jereissati, quando foi chamado de cangaceiro pelo senador cearense, Calheiros enfrenta até processo da família de Virgulino Ferreira, o Lampião. Assombrado pela figura trêmula ectoplasmática de José Sarney que, como uma entidade tinhosa, ronda obsessivamente a presidência do senado, Calheiros se vê acuado feito uma barata num canto prestes a ser esmagada pelos pés inclementes da oposição. Até o ex-aliado Collor, já o negou três vezes, como São Pedro, e lavou as mãos (no espelho d´água do Congresso Nacional), como Pilatos. A intransigência de Calheiros na votação do Senado na questão da divisão dos royalties do pré-sal, tem o deixado cada vez mais desgastado perante os seus pares. Fato que ficou patente ao declarar em alto e bom som: “...se estão descontentes, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo que fiquem com o sal!!, os demais estados dividirão o petróleo!” Em meio ao sururu, ao burburinho, ao ziriguidum, ao borogodó, ao balacobaco, cresce uma figura de consenso entre os senadores, para pacificar o ambiente e serenar os ânimos, seu nome surge de forma absoluta para ocupar a cadeira de Calheiros: o abestado....